O teff: o superalimento sem glúten, eragostis tef, é uma farinha originária da Etiópia e da Eritréia, países localizados no “Chifre da África”. A Etiópia, uma das nações mais antigas do planeta, é a maior produtora mundial desta farinha, consumida diariamente. Fazem dela o seu pão tradicional (injera), muito semelhante à panqueca que conhecemos.
A farinha é encontrada em diversas cores, dependendo do solo em que é plantada, variando desde o branco, passando pelo vermelho e o castanho-escuro, sendo uma planta cultivada há cerca de 5000 anos.
Por suas características especiais, sua importância é facilmente percebida quando verificamos sua composição. Minerais e aminoácidos essenciais a tornam largamente superior a outros cereais. Seu grão é rico em cálcio, magnésio, cobre, potássio, manganês, zinco, ferro e vitamina C. Se é plantado em solo rico em ferro, sua composição pode agregar de 5mg e 15 mg por 100g deste mineral.
Rico em proteínas
Além disso, é muito rico em proteínas, de 12% a 14%. Tem naturalmente um ótimo balanceamento em aminoácidos, e a lisina, ausente na maioria dos cereais, nela está em perfeito equilíbrio. O resultado é significativo: a lisina é responsável pelo metabolismo do cálcio, fundamental na calcificação óssea.
O teff não contém glúten, tornando-se importantíssimo para os sensíveis a ele. Pode ser consumido com segurança. Todas as qualidades encontradas na farinha teff fazem dela um superalimento, além de coadjuvante em dietas para perder peso, na melhoria dos níveis de glicemia (bom para os diabéticos).
A farinha teff pode ser usada para substituir a farinha de trigo, lembrando-se que por ter uma densidade maior (para se obter uma grama de teff são necessários 3000 grãos) deve ser usada em menor quantidade (cerca de 25% a 50% das medidas estipuladas para as receitas convencionais – com outras farinhas).
A teff já está disponível no mercado, mas ainda com preços altos, em parte por ser a Etiópia o maior produtor e não conseguir toda a demanda atual.
É uma ótima escolha para os portadores de sensibilidade ao glúten.
Atualizado em 18Fev21
Fonte: RMA
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