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Alergia ao látex: uma substância útil, porém substituível

Alergia ao látex: uma substância útil, porém substituível – Pegar em um produto que contenha látex não é algo tão raro quanto parece. Não só para os profissionais da saúde e operários da indústria da borracha, que utilizam esse material com frequência, mas para qualquer pessoa. Estima-se que mais de 40 mil produtos médicos e de uso corrente contenham látex. O problema é que esse material que parece ser inofensivo pode passar a provocar uma reação alérgica de uma hora para outra. Sendo mais comum em pessoas que entraram em contato constante com produtos derivados de borracha natural ao longo dos anos.

Presente em cerca de 4% da população mundial(*), a alergia ao látex é uma reação do organismo ao entrar em contato com as proteínas do látex, uma substância extraída da seiva da seringueira. O látex é utilizado na produção de diversos produtos, como chupetas, bico de mamadeiras, luvas descartáveis, preservativos, balões de festas, equipamentos esportivos etc.

Os sintomas vão desde pequenas irritações na pele, como a dermatite de contato, a urticária e a angioedema, até problemas respiratórios, como asma, rinite e conjuntivite, e, em casos mais graves, anafilaxia.

Caso sinta alguma das reações acima após entrar em contato com produtos de borracha ou látex, consulte um médico para realizar diagnóstico e tratamento adequados.

Síndrome látex-fruta

Segundo informações de um artigo publicado pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI)(**), cerca de 20% a 60% dos alérgicos ao látex também apresentam reação cruzada a alguns alimentos de origem vegetal, principalmente às frutas, o que é chamado de síndrome látex-fruta, ou látex-pólen-fruta.

Entre eles os mais comuns estão:

  • castanha portuguesa
  • banana,
  • abacate
  • kiwi
  • mamão papaia
  • manga
  • maracujá
  • pêssego
  • abacaxi
  • melão
  • damasco
  • ameixa
  • tomate
  • espinafre e pimentão.

Diagnóstico e tratamento

Para obter o diagnóstico correto do paciente, o alergista pode fazer uma avaliação clínica detalhada e realizar um teste cutâneo ou um teste de contato. Se confirmado, o médico deve orientá-lo sobre as precauções para evitar o contato com o látex.

Veja algumas formas de evitar o contato:

  • As luvas podem ser substituídas por luvas de nitrilo, vinil ou silicone.
  • Existem preservativos feitos de borracha sintética (geralmente a base de poli-isopreno ou poliuretano).
  • Fique atento aos restaurantes, pois as proteínas das luvas de látex podem ser passadas para os alimentos.
  • Para realizar cirurgias, dê preferência às salas cirúrgicas látex-free.
  • Seus colegas de trabalho não devem utilizar as luvas de látex com talco, para não contaminar o ar com as partículas do látex.
  • As luvas chamadas “hipoalergênicas” também podem conter látex.
  • -Caso seja paciente, avise sobre as suas alergias antes de qualquer procedimento médico.

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  • (*)   Dado divulgado na 2ª edição da revista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
  • (**)  Artigo “Alergia ao látex”, publicado pela Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) em 2011.

Atualizado em 01Mar21

Fonte: RMA/JBT

Imagem: Reprodução/internet


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