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Autismo e doença celíaca

Autismo e doença celíaca – Ainda não há uma comprovação científica da relação do autismo com a doença celíaca. Porém, muitos estudos e relatos de experiências tem sido levados em consideração para adotar uma dieta sem glúten e sem caseína no tratamento para pessoas autistas, principalmente crianças.

Uma característica comum nos autistas são os sintomas gastrointestinais, e isso chamou a atenção de pesquisadores para uma possível associação a doença celíaca ou intolerância ao glúten. Um estudo realizado por pesquisadores britânicos baseado numa dieta sem glúten durante dois anos e divulgado em 2010 apontou melhoras.  Elas foram significativas em crianças autistas. Essas melhoras foram identificadas na comunicação verbal e na linguagem, nas habilidades motoras e no comportamento social.

Algumas pesquisas também apontam que a ingestão de glúten pode alterar a função do cérebro. Por isso os estudos consistem em implantar uma dieta sem glúten em pacientes com distúrbios de desenvolvimento ou neuropsiquiátricos.

 

Outros Estudos

 

Outros estudos demonstraram que as crianças com autismo têm níveis mais elevados de anticorpos IgG (imunoglobulina produzida quando o organismo entra em contato com algum micro organismo invasor) para gliadina (proteína encontrada no glúten) em comparação com os indivíduos saudáveis. A resposta de anticorpos IgG anti-gliadina também se mostrou significativamente maior nas crianças autistas com sintomas gastrointestinais em comparação com aquelas que não apresentavam nenhum sintoma deste tipo. Isto comprovou que as crianças autistas podem sim apresentar aumento da reatividade imunológica de glúten.

Esse assunto tem sido bastante discutido pelos pesquisadores, cientistas e médicos da área, além de pais e cuidadores de crianças autistas. Mas vale lembrar que ainda não há comprovação oficial, apesar de tantos relatos positivos. Portanto se optar por fazer esta restrição alimentar, procure um médico especialista para acompanhar o caso.

 

O que é autismo?

 

É um distúrbio neurológico caracterizado por dificuldades de comunicação e linguagem, inabilidade para interação social, padrão de comportamento repetitivo. Os sintomas costumam ser identificados antes dos três anos de idade. A doença não tem cura, mas pode ser tratada e em alguns casos fica mais moderada na fase adulta. Os sintomas variam de dificuldade para manter contato visual, ausência de contato interpessoal, ausência de fala, comportamento agressivo, isolamento social, movimentos repetitivos, etc.


Atualizado em 23Fev21

Fonte: RMA/Iara da Cunha Bernardes

Imagem: Reprodução


 

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